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Sobre mim

Acredito que qualquer pessoas que diz ser fácil falar  o que é, de forma profunda e abrangente esta mentindo!

Penso isso, não somente pela reflexão feita agora, mas porque dificilmente uma pessoa pode afirmar com 100% de certeza, “o que é”, “o que pode fazer” e “todos os seus limites”

Voltando a mim, eu não sou  uma pessoa que passa “muita” coisa a primeira vista, mas eu tenho muito a dizer, mostrar e ensinar; afinal todos estamos em processo de aprendizagem.

Quase sempre eu passo essa impressão de “desleixo”, mas nesse meu “desleixo” ou “desorganização” existe um sentindo e uma forma “orgânica” de “disposição”, embora eu pareça pouco preocupada com muitas coisas que frequentemente “deveriam” ser importantes; elas estão sim em minha mente, mas dispostas hierarquicamente diferente de forma. 

Porque, não que assuntos populares não me sejam importantes/interessantes, até são, no entanto, não são prioridade, ou seja, tem apenas um nível menor de importância – Acreditem, quando eu digo que NÃO GOSTO DE ALCOOL, sou vista quase como um alien, ou uma paciente de câncer terminal – risos-.

Ainda escrevendo sobre os meus pensamentos, e toda essa bagunça, faz parte do MEU processo criativo, uma forma de “desconstrução” e “reconstrução”, afinal nada nas minhas coisas e principalmente na minha mente, segue uma forma “metódica de organização”, ou mesmo um “padrão lógico”, talvez até tenha lógica, mas com certeza se desassocia da lógica das grandes massas.

Dizer que sou diferente, sim! Obviamente sou, assim como qualquer individuo é, no entanto, as minhas peculiaridades é que acabam se destacando, seja em âmbito externo[aparência] ou interno [personalidade], assim como variam de positivo/negativo dependendo do meio que estou interagindo. E acredito que ao me aprofundar nas minhas peculiaridades, isso me ajude a “lapidar” a pedra “bruta” que sou.

Vou comentar sobre minhas percepções e atividades relacionadas as percepções, acredito que assim fique mais fácil de explicar o que faço, porque faço e porque é importante pra mim.

Toda pessoa tem sua dose de “auto-critica” e observando o que faço, nunca estou realmente satisfeita, sei que esse desejo de aperfeiçoamento é natural, mas acredito que isso é muito forte em mim.

Esse é um dos grandes motivos de evitar trabalhos em grupo, 1° porque tenho essa “mania” de cobrar dos outros o quanto eu cobraria de mim mesma, e 2° por causa da minha frequente insatisfação. Não porque quero algo “perfeito visualmente” ou minunciosamente, mas pra mim a qualidade tem que ser boa, tem que ser feito com “carinho”, não gosto de fazer as coisas somente por fazer.

Eu estou constantemente observando as coisas ao meu redor, não somente para evitar roubos – risos -, mas porque é uma mania, chega a ser até uma compulsão; fico imaginando, supondo, especulando; engraçado quando as situações ocorrem completamente diferentes do que esperava; Sinto um misto de Raiva e comicidade, porque é cômico! Sei que é uma grande pretensão esperar que através de uma longa observação a pessoa se tornar capaz de antecipar fatos , também não espero ganhar poderes pré-cognitivos – risos, ao fundo música tema do X-man -, no entanto, acredito que com essa observação ser possível ter uma analise apurada da linguagem corporal e comportamento. entender as pessoas ao seu redor ajuda a SE ENTENDER também.

Faz parte da minha natureza, essa idéia de controle e não controle, me instigar a observar mais atentamente as coisas. Curiosamente, mesmo sendo tão apegada a “visão” eu nasci cega, e fiz uma operação com cerca de 1 ano de idade, isso me rendeu sensuais olhos de cores diferentes – Risos -. Além de uma boa percepção tatil, boa orientação e reflexos a minha curiosidade também é enorme com as coisas que me rodeiam.

Com certeza o interesse pela arte em geral foi alimentado principalmente por essa curiosidade insaciável, e a compulsão por colecionar  também, objetos coloridos, bonitos, exóticos, usuais, sentimentais. A necessidade de  se aventurar por trabalhos manuais, costura, artesanato, pintura, desenho, escrita, teatro, dança, canto tudo isso me serve como “combustível” e alimenta também o sentimento de “precisar guardar”  para manter isso sempre junto a mim.

In- ou Felizmente eu tenho o olfato muito comprometido, por causa da adenóide perdi cerda de 80% da sensibilidade e sendo assim, minha memória não esta cheia de “odores, perfumes ou cheiros”. E embora eu ame cozinhar, estou aos poucos perdendo o meu paladar, mas isso não é nenhuma surpresa, afinal olfato/paladar são associados sempre; Perder o paladar não vai me impedir de cozinhar nem de comer – Óbvio se não comer morre! – Risos – isso apenas torna as refeições mais especiais e únicas.

Todo o processo de Culinária pra mim é como uma grande desafio, eu apalpo verduras, legumes, sinto como esta o corte, dou as “clássicas” batidinhas para “ouvir” se esta maduro, observo mudança de cores, o som da fervura; Cozinhar de fato me exige bem mais… Porém, a satisfação obtida em comer junto a família e amigos, apreciando  o que eu preparei com meu pequeno esforço, vale muito a pena! é sem igual! 

A vida em si é cheia de sons: Chuva, vento, pessoas, animais, plantas chacoalhando, tudo… Então como viver sem música!?

Afinal a música é um arranjo criado pelo homem afim de reunir partes dos sons da natureza e os colocando em uma unica melodia, sendo assim, eu escuto música quase todo o tempo, quando não estou ouvindo estou cantando, mesmo que desafinadamente – Risos – Eu as vezes fico tão concentrada nos sons ambientais, que praticamente “me desligo” do resto e começo a cantarolar algo… Da pra imaginar minha vida passando em um vídeo sendo acompanhada de várias músicas de diversos gêneros, isso me instigar e alimenta minha curiosidade.

Provavelmente por ter algumas privações sensoriais, eu tenha me apegado demais as outras que me restam, sempre sempre prestando atenção ao meu redor, tentando entender, memorizar… tudo esta revestido de sentimento e significado, possuindo uma vibração e causando uma sensação.  Tento me manter nesse estado de “Mente Curiosa” e levemente “ousada”, sempre tentando captar as coisas, mesmo não sendo perfeitas, ou úteis as minhas percepções.

Eu vivo colecionando minhas próprias memórias, associando-as as minhas sensações no momento, dessa forma tudo acaba se tornando especial e único.

E provavelmente meu maior desejo é poder guardar e compartilhar isso sempre.

Raposa Branca

 

1 responses to “Sobre mim

  1. Rurouni Silvia Andarilha

    Maio 3, 2011 at 04:12

    Conseguiu ser objetiva e sutil sem deixar de ceder detalhes.
    Nem sempre o melhor texto é aquele q vc “descreve” detalhes físicos e exterirores.
    O melhor é “perceber” o interior e fazer outros preceberem o mesmo, tanto alheia como aprticularmente!
    Continue no caminho, tia! ~.^

     

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